Toda vez que uma nova tecnologia surge, percebo dois tipos de reações bem distintas. De um lado, temos os apavorados. São aqueles que aplicam um olhar pessimista em suas análises e veem o futuro sob a ótica da exclusão. Por outro, temos os entusiastas. Este grupo não é formado só por otimistas, que acham que o que está por vir sempre pode ser melhor, mas também por quem entende que é preciso fazer do limão uma limonada.
Como empreendedor na área da educação, posso dizer que em todas às vezes que fui colocado diante do dilema da tecnologia, me alinhei com o segundo grupo. Claro, às vezes ficamos com receio, mas o fato é que é impossível frear os avanços. Eles sempre vão acontecer, sempre vai aparecer uma novidade que nos tira da zona de conforto, nos faz repensar e abre a chance de criar novas oportunidades de negócios.
O ChatGPT é a bola da vez. A ferramenta ganhou tanta popularidade que se tornou a plataforma com o maior crescimento de usuários da história – deixando para trás TikTok, Instagram, Spotify e Facebook. O sucesso do chatbot com inteligência artificial conseguiu colocar em xeque o futuro do jornalismo e a produção de trabalhos escolares ao mesmo tempo. Ainda ninguém sabe até onde a nova ferramenta pode nos levar, mas algumas startups brasileiras já estão acoplando seus produtos à novidade.
Isso já aconteceu antes. Novas plataformas questionaram mercados e abriram oportunidades que não estavam explícitas no momento de seu surgimento. Lembra-se do Waze? Ele apareceu como uma ferramenta para orientar caminhos, para direcionar motoristas em tempo real. Hoje, ele tem papel importante no monitoramento do trânsito nas grandes cidades, fornecendo informações também para companhias de tráfego. E quantos negócios são feitos pelo WhatsApp? O aplicativo de mensagens evoluiu a ponto de se tornar o principal meio de venda de uma série de pequenos negócios em todo o país.
O ponto de inflexão de todas essas tecnologias que mudaram a forma de nos relacionarmos com outras pessoas e com o mundo é a democratização. Quanto mais acessível e popular a ferramenta, mais a criatividade humana vai encontrar formas de utilizá-la. Por exemplo: a pandemia difundiu as videochamadas. Hoje, já temos rede de lanchonete e delegacia com atendimento remoto em tempo real. Inspirados por essas experiências, estamos instaurando na MoveEdu o atendimento comercial à distância. Assim, um franqueado pode “levar” seu melhor vendedor a todas as suas unidades e garantir performance sem tirá-lo do lugar. Também permite que nós, como franqueados, consigamos acompanhar e demonstrar em tempo real aquilo que só era estudado durante os treinamentos.
Por isso, não há porque ter medo das mudanças que estão por vir. Pequenos negócios tendem a se adequar mais rapidamente às inovações, mas – por mais darwinista que seja – quem não se adaptar, vai sucumbir. Empreendedores precisam ter visão de futuro para prosperarem e enxergarem oportunidades para seus negócios em um cenário cada vez mais volátil e tecnológico. Seja criativo!
Precisamos entender que nossos empreendimentos não são imutáveis. Ao contrário, eles precisam evoluir e se moldar aos desafios e necessidades do mercado e do nosso consumidor. Se você é daqueles que diz “eu faço isso e ponto”, sinto te informar que o prognóstico não é dos melhores.
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